Ron Cotterman
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Ron Cotterman
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Ron Cotterman
Na Seafood Expo em Boston, Ron Cotterman, vice-presidente de sustentabilidade da Sealed Air Corporation, e Pete Pearson, diretor de desperdício alimentar da World Wildlife Fund, lideraram um painel para discutir como cada entidade – do mar à mesa – desempenha um papel na prevenção da perda e desperdício de alimentos. Depois do painel, Ron e Pete continuaram a conversar sobre o assunto. Veja um pouco da conversa:
Ron: “Sabemos que o desperdício ocorre ao longo de toda a cadeia de abastecimento alimentar. Pete, você liderou programas nacionais de sustentabilidade dentro do setor varejista de mercados. Quais são algumas das principais oportunidades para reduzir o desperdício no varejo?”
Pete: “Sempre que temos desperdício, isso representa uma falha de projeto. Esta foi minha primeira participação na Boston Seafood Expo e ela reafirmou meu ponto de vista de que há uma ênfase significativa no merchandising e na exposição de produtos na indústria de frutos do mar. Precisamos ser criativos e conduzir as vendas de frutos do mar sem deixar estragar o peixe sobre o gelo. Considerando a exploração de muitos de nossos oceanos, sendo que alguns se encontram à beira do colapso, a maneira como vendemos frutos do mar tem de mudar. Há desperdícios e perdas em todos os pontos da cadeia de abastecimento. Se queremos redesenhar nosso sistema com zero tolerância para desperdícios e perdas, a apresentação de frutos do mar no varejo deveria ser muito diferente, com embalagens diferentes, temperaturas mais baixas e a reeducação dos consumidores sobre o que realmente é ‘fresco’”.
Ron: “Você está certo nesse ponto. ‘Fresco’ pode significar coisas diferentes, dependendo de onde você se encontra no mundo. Em muitas partes da Ásia, peixes vivos ou peixes sobre o gelo ainda são muito comuns, mas isto leva ao desperdício no varejo e nas casas. Nos Estados Unidos, os consumidores geralmente preferem peixe e frutos do mar descongelados aos congelados. Ainda assim, os varejistas frequentemente informam que jogam fora uma média de 5% a 20% de todos os produtos que estavam em balcões refrigerados. Qualquer que seja a diferença, a embalagem e temperaturas mais baixas podem fazer uma grande diferença no que se refere a manter os alimentos mais frescos por mais tempo”.
Pete: “Isso é importante porque quando se perde ou desperdiça peixes e frutos do mar, temos que lembrar que estamos jogando fora a vida selvagem que foi capturada do oceano. Quando falamos em frutos do mar cultivados, isso representa um desperdício de energia, ração e recursos usados para cultivar esse produto, além de todos os custos de transporte e refrigeração”.
Ron: “A boa notícia é que estamos vendo muitas inovações e tecnologias que estão fazendo a diferença. Maior controle de temperatura, melhor rastreabilidade e melhores soluções de embalagem fazem parte dessa equação. Um dos desafios, porém, é comunicar isso aos consumidores. O que a WWF está fazendo para ajudar a educar os consumidores sobre o desperdício de alimentos?”
Pete: “Como ponto de partida, a campanha da WWF tem como objetivo fazer com que todos, tanto empresas como consumidores, entendam as implicações da perda e do desperdício de alimentos. O habitat da vida selvagem e a saúde da pesca estão em perigo devido à pressão vinda do sistema alimentar. A WWF está patrocinando pesquisas que analisam os padrões de desperdício dos consumidores e as perdas e desperdícios em toda a cadeia de abastecimento de frutos do mar. O desperdício tem de ser medido para ser gerenciado e todos os agentes do sistema devem considerar tornar os dados mais transparentes, para que todos na cadeia de valor possam aprender uns com os outros. Quando medimos a perda e o desperdício, começamos a entender os benefícios e as vantagens de soluções para prolongar a vida útil de produtos, como melhores embalagens e controle de temperatura”.
Ron: “Então não basta dizer ‘o desperdício de alimentos é um problema’. Também é preciso mostrar às pessoas como elas podem ajudar a resolvê-lo. E há muitos benefícios em resolvê-lo, incluindo os econômicos. A Champions 12.3 pesquisou 2.100 organizações e descobriu que para cada dólar investido na prevenção do desperdício de alimentos, havia um retorno sobre o investimento de US$ 14,00. Seja no setor de serviços alimentares, varejo ou na cozinha doméstica do consumidor, há oportunidades para todos economizarem”.
Pete: “Se continuarmos a tolerar a perda e desperdício de alimentos, simplesmente não sobrará mais nada para as gerações futuras e uma crescente e próspera população. O custo da falta de ação para meus filhos e netos é extremamente alto. Do ponto de vista ambiental, estamos atingindo os limites do planeta. Se pudermos mostrar às pessoas que há maneiras fantásticas de apreciar peixes e frutos do mar de uma forma altamente eficiente, sem desperdício e sustentável, isso será uma vitória para todos. Precisamos desafiar nossas definições de ‘fresco’ como consumidores e começar a medir nosso progresso em direção a um sistema que possa fornecer produtos de alta qualidade aos clientes de varejo e de serviços de alimentação, eliminando o desperdício em todos os níveis da cadeia de abastecimento”.
Sobre o autor
In his position as Vice President, Corporate Innovation and Sustainability, Ron Cotterman is responsible for driving Sealed Air’s innovation strategy to solve customers’ most critical packaging challenges. In this global role, Ron works to advance sustainability innovation across all of Sealed Air’s business units. His primary focus is to advance solutions that enhance sustainability of products, processes and services, with an overall goal to reduce waste that occurs across the entire packaging value chain.
Ron has over 30 years of industrial experience in innovation, business development and sustainability. He has 11 issued U.S. patents and 18 publications in refereed journals.
Ron has an undergraduate degree in Chemical Engineering from the University of Florida and a PhD in Chemical Engineering from the University of California, Berkeley.